No Brasil dos 513 deputados eleitos, apenas 36 conseguiram se eleger com os próprios votos.
Isso mesmo. Você não leu errado. Apenas 36 deputados foram eleitos com os votos recebidos.
Os demais foram na lógica da eleição proporcional.
Muito se fala em buscar coligação boa ou ruim mas poucos se perguntam o óbvio. O sistema proporcional é um sistema que representa o interesse do povo?
Olhem no DF o resultado da proporcionalidade e sua distorção.
POSIÇÃO
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CANDIDATO
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Votação
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ELEITO
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ALBERTO FRAGA
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155.056
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ELEITO
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ROGÉRIO ROSSO
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93.653
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ELEITO
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ÉRIKA KOKAY
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92.558
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ELEITO
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RONALDO FONSECA
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84.583
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ELEITO
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RÔNEY NEMER
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82.594
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ELEITO
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IZALCI
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71.937
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ELEITO
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AUGUSTO CARVALHO
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39.461
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ELEITO
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LAERTE BESSA
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32.843
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NÃO ELEITO
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ALÍRIO
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78.945
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NÃO ELEITO
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VITOR PAULO
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71.381
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NÃO ELEITO
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ELIANA PEDROSA
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55.340
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NÃO ELEITO
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POLICARPO
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48.037
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NÃO ELEITO
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ABADIA
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37.776
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Candidatos com mais do dobro de votos do último deputado eleito ficaram de fora, como Alírio e Vitor Paulo.
Entre os deputados distritais ocorre a mesma distorção. O Guarda Jânio por exemplo, foi o 14º candidato mais votado no DF. Teve o dobro de votos da candidata eleita menos votada. E mesmo assim ficou de fora.
No Brasil a situação ainda é pior em alguns lugares. Deputados federais eleitos com menos de 10.000 votos e serão representantes de todo um Estado.
Em São Paulo os Deputados Celso Russsomano e Tiririca foram os puxadores de votos e trouxeram com eles mais seis deputados com votação inexpressiva. (Fausto Pinato, Sérgio Reis, Beto Mansur, Marcelo Squasoni, Capitão Augusto e Miguel Lombardi).
O sistema proporcional precisa ser discutido. Ou a porteira de Ouro Fino continuará aberta para representantes que o povo não escolheu.
Com dados do TSE